Inspirado pela lenda de que assombração só aparece se acreditarmos nela, ninguém gosta muito de falar no assunto. Mas ele existe. É assombra políticos no Brasil inteiro, incluindo a Paraíba. É a resolução do Tribunal Superior Eleitoral, baixada em 2010, que estabelece a obrigatoriedade de novos cálculos para composição das bancadas estaduais na Câmara Federal, em Brasília.
Seguindo a Constituição Federal, ela sugere uma atualização do quantitativo destas bancadas com base no universo populacional de cada estado. Os estudos já estão sendo refeitos pelo TSE. As regras são simples: os estados terão no mínimo oito deputados federais e no máximo 33. O problema é que a composição proporcional deve ser alterada sem que o número ultrapasse as 513 cadeiras da Câmara.
Isso significa que se alguns estados vão ganhar outros vão perder. E a pequenina Paraíba, que já sofre pelo tamanho e pela desunião, está na lista das que deverão perder vagas. É o que revela quadro publicado recentemente pelo jornal Diário de Pernambuco, matutino de um estado que, a exemplo da Paraíba, também deverá perder deputados. Na Paraíba, o assunto foi repercutido pelo Clickpb, na coluna de Clilson Júnior.
De acordo com o quadro, que também ganhou espaço na coluna do blogueiro pernambucano Maurício Romão, economista e ex-secretário de Administração do Estado, a Paraíba deve perder dois deputados federais caindo pra dez o número de parlamentares na Câmara Federal.
Além da Paraíba e Pernambuco, sofreriam desfalques também Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Piauí. Os que serão contemplados com mais vagas serão Pará, Amazônia, Minas Gerais, Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Norte. Os demais estados, pelas estimativas do censo de 2013, permaneceriam com o tamanho da bancada inalterados.
O novo cálculo do TSE já deveria ter sido aplicado em 2010, ano de sua elaboração. O impacto, no entanto, fez com que os políticos fizessem pressão e conseguissem, com base no princípio da anualidade e também de questionamentos ao Censo, que o TSE adiasse sua aplicação.
Muitos especialistas acreditam que, para a eleição de 2014, não haverá escapatória. Ou seja, no caso da Paraíba, o funil vai ficar ainda mais apertado. E a força do nosso estado em Brasília, que já não é lá essas coisas, pior ainda.
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