Elaborada pelo DIAP (Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar), na 20ª edição dos “Cabeças” do Congresso
Nacional, apenas dez parlamentares entraram para o seleto grupo dos
mais influentes do Parlamento brasileiro neste ano. O senador Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB) está entre eles.
Ano passado, recém chegado ao
Senado, Cássio já figurou na categoria “Parlamentar em Ascensão”. O Diap
classifica como parlamentar em ascensão o deputado ou senador que vem
recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se
desincumbindo bem delas. Dessa categoria também fazem parte os
parlamentares que têm buscado abrir canais de interlocução, criando seus
próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças
formais ou informais no âmbito do Parlamento. Da Paraíba, além de
Cássio, o senador Vital do Rêgo Filho (PMDB) também foi considerado um
dos “cabeças” do Congresso Nacional.
Este ano, Cássio foi içado à
condição de “100 Mais” e compõe o seleto grupo dos “Cabeças” do
Congresso Nacional. De acordo com a metodologia utilizada pelo Diap, são
“Cabeças”, os operadores-chave do Poder Legislativo cujas preferências,
iniciativas, decisões ou vetos -- implementados, por meio dos métodos
da persuasão, da negociação, da indução ou da não-decisão -- prevalecem
no processo decisório na Câmara ou no Senado Federal.
CREDIBILIDADE -
Para chegar a esses nomes, o Diap analisa minuciosamente os
pronunciamentos, a apresentação de proposições, as intervenções nos
debates do Legislativo, a frequência com que o parlamentar é citado na
imprensa, os cargos públicos exercidos dentro e fora do Congresso,
relatorias de matérias relevantes, forças ou grupos políticos de que
faça parte, além dos perfis político e ideológico de cada parlamentar.
Na explicação do trabalho,
coordenado pelo cientista político Antonio Augusto de Queiroz, são
enumeradas as qualidades consideradas na confecção da lista. “O saber, o
equilíbrio, a prudência, a credibilidade e a respeitabilidade, ao lado
da experiência, são atributos que credenciam um parlamentar perante seus
pares e abrem caminho para influenciar no processo decisório, inclusive
na definição da agenda. A imprensa, igualmente, possui papel decisivo
na projeção desses parlamentares.” Os “Cabeças” estão classificados
entre Debatedores, Articuladores, Formadores de opinião, Formuladores e
Negociadores. Cássio, na avaliação do Diap, é “Debatedor”.
Para o Diap, “Debatedores são
parlamentares ativos, atentos aos acontecimentos e principalmente com
grande senso de oportunidade e capacidade de repercutir, seja no
plenário ou na imprensa, os fatos políticos gerados dentro ou fora do
Congresso. São, por essência, parlamentares extrovertidos, que procuram
ocupar espaços e explorar os assuntos que possam ser notícia”.
Os debatedores, ainda conforme o
Diap, são “conhecedores das regras regimentais, que regem as sessões e o
funcionamento das Casas do Congresso, exercem real influência nos
debates e na definição da agenda prioritária. Com suas questões de
ordem, de encaminhamento, discussão de matérias em votação, obstrução do
processo deliberativo, dominam a cena e contribuem decisivamente na
dinâmica do Congresso. São os parlamentares mais procurados pela
imprensa”.
A lista do Diap mostra que
“somente oito parlamentares que faziam parte do grupo em ascensão dos
‘Cabeças’ em 2012 passaram, nesta edição de 2013, para o seleto grupo de
parlamentares mais influentes do Parlamento brasileiro. São sete
deputados e apenas um senador: deputados Alessandro Molon (PT-RJ),
Carlos Sampaio (PSDB-SP), Cláudio Puty (PT-PA), Eduardo Sciarra
(PSD-PR), Ivan Valente (PSOL-SP), Jandira Feghali (PC do B - RJ),
Mendonça Filho (DEM-PE)”. O único senador promovido à condição de
‘Cabeça’ do Congresso foi Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
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