Pela última vez em 2012, Santos e Palmeiras
entravam em campo em uma partida válida pelo Brasileirão Série A, pela
38ª e derradeira rodada. O já rebaixado alviverde acabou derrotado pelo
Santos de Neymar, em excelente noite, e se despediu do campeonato
acumulando mais um revés. O time da Vila mostrou que pode ter um 2013
povoado por melhores resultados, mas que falta um camisa 10.
Em primeira etapa bastante movimentada, Neymar iguala marca pessoal e deixa o Santos na frente
Parece que o descompromisso com a série A já não incomodava o Palmeiras. Pelo contrário, fazia o time ser mais incisivo, menos ansioso e nervoso com a bola nos pés. E foi assim que o time de Gilson Kleina começou o jogo, melhor que o Santos.
Antes que o rival do litoral pudesse analisar muito o jogo e o adversário, o alviverde abriu o placar logo aos 5 minutos. Barcos dominou bola na defesa e descolou lançamento espetacular para Maikon Leite na ponta direita. Ele dominou com um toque e bateu forte, cruzado, marcando um belo gol na Vila Belmiro. Um minuto depois, em jogada bem parecida, Rafael defendeu em dois tempos.
A desvantagem no placar não desanimou o time da Vila, que só não chegou ao empate com 9 minutos por sorte ou milagre (ou incopetência). Pato Rodríguez bateu cruzado de dentro da área e, no rebote, Neymar tirou a bola dos pés de Arouca - sem querer - oara tentar rolar para trás. Juan chegou batendo direto pra fora.
Aos 13, não houve solução, sorte ou o que fosse. Pato Rodríguez, mostrando que estava inspirado no dia da partida, fintou e enfiou bola ótima para Neymar, que buscou e achou Victor Andrade na entrada da pequena área, somente para completar para as redes.
Se alguns chegam a comparar as simulações dos jogadores à atuações profissionais no cinema ou na TV, poderia-se dizer que a partir dos 18 minutos começou um monólogo - da pior qualidade - do zagueiro Román, do Palmeiras. Primeiro, o defensor chegou pisando em Neymar e levou o cartão amarelo, deixando o jogador sentindo muito. Logo após, aos 21, o mesmo paraguaio puxou o craque santista dentro da área e acabou expulso. Goleiro de um lado, bola do outro e Santos na frente: 2 a 1.
O gol deu ainda mais ânimo aos donos da casa, que seguiram pressionando e tentando um placar mais dilatado. Com 33 minutos, Neymar aproveitou boa jogada de Felipe Anderson e testou no travessão. A bola ainda voltou para o atacante, mas ele mandou pra fora. Apesar do erro, o atacante chamava o jogo. Aos 38, pedaladas pra cima de Juninho e bloqueio na hora do chute. Um minuto depois, três a um Santos, sem mais delongas. E só poderia ser dele. Domínio preciso dentro da área e finalização entre as pernas de Maurício Ramos, sem chances para Raphael Alemão. Com o tento, Neymar igualou os 43 gols marcados em 2010 - seu recorde até então.
Barcos tentou responder aos 42 - com drible e finalização travada dentro da área -, mas quem quase marcou o quarto do Santos foi ele, sempre ele: Neymar. Depois de Pato Rodríguez passar com facilidade por Arthur, Neymar só não marcou o seu terceiro gol na partida pois ele foi salvo em cima da linha.
Expulsão no início esfria última etapa e jogadores clamam por fim do jogo e do campeonato
Aos 11 minutos, Alan Santos igualou Román ao receber o segundo amarelo e consequentemente o vermelho, após falta em Arthur. Com a expulsão, somada à substituição de Arouca - que sentiu a perna direita -, o jogo caiu de ritmo e os times passaram a produzir menos lances perigosos, com exceção de Neymar.
O camisa 11 do Santos quase marcou de falta aos 14 e logo depois mandou um toque de efeito para Bruno Peres na frente que arrancou aplausos da torcida presente. Apesar da constante movimentação do atacante, além das tentativas de drible e finalização, até ele caiu de produção - muito em função do sacrifício tático de Felipe Anderson, que passou a atuar de volante após a expulsão de Alan.
À esta altura do jogo, o Palmeiras tinha bem mais posse de bola, porém sem levar nenhum perigo ao gol do Santos. Barcos voltava muito para buscar o jogo e nem os vários escanteios e outras oportunidades em bola parada que permitiam o levantamento na área proporcionaram ao Palmeiras boas oportunidades. O time parecia sentir bastante a falta do capitão Marcos Assunção, cobrador oficial "de tudo" no alviverde.
Os jogadores já esperavam ansiosamente o apito final do árbitro da partida, que encerraria não só o confronto como um longo e improdutivo campeonato brasileiro para os dois times, principalmente para o Palmeiras, que encerrava sua participação na série A, pelo menos até 2014.
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