No enfrentamento a uma das maiores secas do Nordeste brasileiro,
agricultores familiares do Baixo Paraíba têm sido beneficiados com os
serviços de assistência técnica e extensão rural da Emater Paraíba, nos
12 municípios que compreendem a região de Itabaiana, por meio de ações
de convivência com a estiagem.
Segundos dados da Emater, no ano de 2012
foram liberados mais de um milhão de reais em crédito rural em projetos
elaborados e assistidos pela Empresa na região. Este ano, em pouco mais
de 40 dias, já foram liberados mais de R$ 250 mil em recursos destinados
a ações de convivência com a estiagem, beneficiando dezenas de
agricultores familiares.
Além dos recursos disponibilizados para
essa ação, a comercialização de ração animal subsidiada pelo governo e a
distribuição de sementes de palma resistente à cochonilha do carmim,
que vem sendo plantada, têm surtindo efeito. Segundo o coordenador da
Regional de Itabaiana, Paulo Emílio Souza, todos os extensionistas foram
orientados a executar ações de Assistência Técnica Rural (Ater) e
convivência com o semiárido, que reduzam os efeitos da estiagem e
possibilitem aos agricultores familiares enfrentar a seca que castiga a
região. A construção de catavento, uma prática muito comum no meio
rural, tem sido a principal forma de captação de água no subsolo.
Uma
das tecnologias alternativa de convivência com a seca que está sendo
disseminada pela Emater na região é a construção de barragens
subterrâneas, técnica de captação e armazenamento de água das chuvas no
interior do solo. Sob a coordenação do extensionista da Emater em
Gurinhém, Ricardo Pereira de Farias, em parceria com outras
instituições, foi realizada uma oficina para construção de barragem
subterrânea, com a presença de agricultores familiares de todo o Baixo
Paraíba.
A barragem foi construída na propriedade do agricultor
familiar Daniel Cunha Pessoa, no Sítio Riacho Verde, permitindo a
criação de uma vazante artificial onde a umidade do solo se prolonga por
longo tempo, chegando até quase o final do período seco no semiárido.
Segundo Ricardo, o agricultor poderá cultivar com sucesso os plantios
tradicionais de grãos (milho e feijão), mas, também, produzir frutas
como manga, goiaba, acerola, além de pastagens e capineiras, em plena
área de caatinga e sem irrigação convencional.
Fonte: SECOM PB
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