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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Confronto entre população e Polícia Civil contra prisão de suspeitos em Abreu e Lima

 
Os arrombamentos e saques contra lojas se expandiram em Abreu e Lima durante a greve da Polícia Militar no fim da noite desta quarta-feira (15). As ocorrências, antes concentradas no Centro da cidade, chegaram até Caetés Velho, onde dois supermercados foram assaltados no fim da noite de hoje.

Uma equipe de reportagem da TV Clube/Record que fazia a cobertura da onda de violência no município foi expulsa do local sob ameaça de suspeitos armados.

Ao todo, 12 pessoas foram encaminhadas para a Central de Flagrantes por envolvimento nos crimes. Eles devem ser enquadrados por furto qualificado em Abreu e Lima.
Após incontáveis saques contra lojas e 11 prisões de suspeitos dos crimes, o clima continua acirrado em Abreu e Lima. Às 23h desta quarta-feira (14), teve início um confronto de populares com a Polícia Civil. Moradores são contra as detenções e arremessaram pedras nos agentes de segurança que revidaram com bombas de efeito moral e spray de pimenta.

O confronto aconteceu na frente do supermercado Arco-Íris, que já foi saqueado. Os moradores pedem a libertação dos detidos dizendo que todos são cidadãos de bem e pais de família.

Os detidos estão sendo encaminhados para a Delegacia do Paulista.

Uma das donas da loja de calçados Figueiras, Ana Regina Figueiras, ainda não acreditava no "cenário de guerra" que se instalou. "Isso é uma terra sem lei. Levaram nossos estoques, quebraram as vitrines. Amanhã ninguém vai trabalhar. Teremos que fazer o balanço do que foi perdido, calcular o prejuízo", afirmou. A segurança do restante da loja ficará a cargo de empresas particulares que foram chamadas para tentar conter os saqueadores.

Ana Regina contou ainda que a loja, que aberta há 50 anos na BR-101, funcionou normalmente pela manhã. "À tarde, começou a bagunça. Eles começaram saqueando e apedrejando os caminhões. Teve um caminhoneiro que não parou e acabou atropelando um velhinho. O povo se revoltou e começou um protesto. Depois começaram a arrombar as lojas".

O gerente da loja Esposende, Elinelson Feliciano da Silva, confirmou a história. "Levaram sete computadores, o estoque, foi um prejuízo sem fim", disse. 



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