Fonte: Paraíba Hoje
O aumento de R$ 56 no salário mínimo – que sairá de R$ 622 para R$
678 – deverá injetar mais de R$ 690,7 milhões na economia paraibana ao
longo do próximo ano. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a
Paraíba contabiliza 948,9 mil assalariados, entre aposentados,
pensionistas, empregados domésticos e demais trabalhadores, que recebem o
mínimo como valor de referência. Este número representa 59,3% da
população economicamente ativa no Estado (1,6 milhão).
O novo valor entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2013 e
resulta da alta de 2,73% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 somada à
variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) deste ano, estimada em 6,1% pelo governo federal.
O economista Celso Mangueira explica que, para o trabalhador e demais
beneficiários que tenham no mínimo sua renda mensal, o impacto é
inegável. “Um aumento dessa natureza, acima da inflação, tem um efeito
grande para essas pessoas que passam a ter um poder de compra maior. E,
uma vez que faz circular mais dinheiro e estimula o consumo, permite um
aquecimento da economia no Estado e na Região. O crescimento do Nordeste
vem sendo motivado pelo aumento da renda do nordestino”, acrescentou.
Por outro lado, do ponto de vista do orçamento dos gestores
paraibanos, o reajuste pode representar problemas. De acordo com
Mangueira, as prefeituras municipais de cidades pequenas não conseguem
absorver com tranquilidade o acréscimo. “As transferências federais são
para uma parcela de pessoas com a renda, mas existem os assalariados que
são de responsabilidade da folha municipal, então as prefeituras podem
ter dificuldade em honrar esses valores”, comentou.
A proposta original do governo previa salário mínimo de R$ 670,95,
mas o valor foi reajustado de acordo com novos cálculos da inflação. Com
o incremento, a empregada doméstica Maria do Carmo de Melo comemorou.
“Para mim está ótimo. Se fosse mais, melhor. Mas eu vejo que para quem
paga é um peso maior, então que o aumento seja dentro das condições
certas”, disse.
O gerente do INSS em João Pessoa, José Antônio Cavalcanti, acredita
que, uma vez aprovado, o governo federal está preparado para cumprir com
os compromissos assumidos pelo aumento. “Se a presidente Dilma assume o
valor, pode ter certeza de que foi bem pensado e que não terá um
impacto maior do que o previsto para as contas do governo”, concluiu.
O anúncio foi feito pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, na
véspera de Natal, após reunião com a presidente Dilma Rousseff. As
medidas devem ser publicadas no Diário Oficial da União de hoje,
conforme informou a ministra.
ISENÇÃO
O anúncio da véspera natalina também assegurou a isenção de Imposto de Renda dos trabalhadores que recebem até R$ 6 mil de lucros e participações nos resultados das empresas. Esta isenção de IR era uma reivindicação antiga das centrais sindicais, que defendiam um valor maior, na casa dos R$ 10 mil.
(Com informações da Folhapress)
O anúncio da véspera natalina também assegurou a isenção de Imposto de Renda dos trabalhadores que recebem até R$ 6 mil de lucros e participações nos resultados das empresas. Esta isenção de IR era uma reivindicação antiga das centrais sindicais, que defendiam um valor maior, na casa dos R$ 10 mil.
(Com informações da Folhapress)
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