O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (10)
que tem o desejo pessoal de manter a aliança com o governador Ricardo
Coutinho (PSB) para as eleições do próximo ano. Em entrevista ao
programa Polêmica Paraíba, o tucano disse que o futuro da união depende
mais do gestor estadual do que dele.
Cássio disse que “quem vai dar o tom da dança é Ricardo”, pois existe
a necessidade de contemplar a base tucana na aliança. “A questão é que
Ricardo naturalmente tem o comando administrativo e a liderança política
do Estado, pelo cargo que ocupa. Meu desejo é que possamos preservar a
aliança em 2014, mas eu faço parte de um partido que precisa se sentir
contemplado com essa aliança”, acrescentou.
O parlamentar enfatizou que no tempo certo a manutenção da união será
decidida internamente no PSDB e ressaltou que via como normal as
declarações do deputado federal Ruy Carneiro (PSDB), presidente estadual
do partido, defendendo uma candidatura tucana ao Governo do Estado. “Os
partidos existem para ocupar espaço, conquistar poder, implantar
políticas, seus projetos. Ruy está numa posição correta”, frisou.
Cássio revelou que um dos pontos que será discutido pata 2014 é a
possibilidade do senador Cícero Lucena (PSDB) ser candidato à reeleição
na chapa de Ricardo Coutinho. “Dificuldades existem, mas é algo que terá
que ser discutido”, declarou destacando as diferenças políticas entre o
governador e o companheiro de sigla.
O senador reconheceu que tem divergências com Ricardo, mas disse que
isso não atrapalha a relação entre eles. Cássio disse ainda que nutre o
desejo de voltar a governar a Paraíba. “Eu não posso esconder, não seria
sincero da minha parte, o desejo que eu tenho de retomar o trabalho que
foi interrompido”, pontuou.
Liderança no Senado Federal
Durante a entrevista Cássio também falou sobre sua atuação no Senado
Federal. Ele declarou que seu nome continua posto para a liderança do
PSDB no Congresso, mas que não tem problema em abrir mão se for para o
bem do partido. “Ocupar essa função não é uma obsessão para mim. Se
preciso for terei o ato de desprendimento e abrirei espaço para um outro
companheiro”.
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