O governador Ricardo Coutinho acompanhou nesta sexta-feira (4), o
andamento dos trabalhos de escavação e tomada de água do canal
Acauã-Araçagi, maior obra hídrica do Estado dos últimos 30 anos. A obra
custará quase R$ 1 bilhão com a construção de 112 km de canal, que vai
garantir a segurança hídrica de 35 cidades e beneficiar 500 mil
habitantes.
Os recursos são provenientes do Plano de Aceleração do
Crescimento (PAC) do Governo Federal e uma contrapartida de mais de R$
100 milhões de recursos próprios. A obra vai gerar, nesta 1ª etapa, mais
de mil empregos diretos e atingirá um pico de 2 mil empregos na fase
posterior.
“Estamos visitando o início de uma obra histórica, que
garantirá o abastecimento de água de vários municípios e a irrigação de
16 mil hectares de terras agricultáveis. Uma obra que vai revitalizar
economicamente as regiões do Vale do Paraíba e do Vale do Mamanguape,
que já se destacaram pela produtividade de suas terras”, destacou o
governador.
Ricardo Coutinho ressaltou que essa é uma obra estratégica para a
Paraíba e com os mais de R$ 80 milhões já assegurados a ordem é
acelerar. “Percebemos que nesta 1º etapa a obra caminha em um ritmo bom e
intenso e já acertamos com o Governo Federal a antecipação da 2ª etapa
para que a obra seja finalizada em três anos”, in formou.
O
governador acompanhou a apresentação do projeto pelo gerente do
consórcio Acauã, Luiz Carlos, que falou sobre o andamento da obra. Foram
escavados 3 km de canal e a obra chega a uma fase importante com a
construção de uma ‘ensecadeira’ na barragem de Acauã para conter a
chegada de água. Logo depois, os integrantes da comitiva foram até a
barragem de Acauã, onde estão concentradas as obras desta 1ª etapa, e
assistiram a explosão de uma área em que passará o canal. Também puderam
conferir a construção da ‘ensecadeira’, que terá uma profundidade de 24
metros.
A comitiva contou com as presenças do vice-governador, Rômulo
Gouveia; dos prefeitos de Itabaiana, Carlos Antonio, e de Itatuba, Aron
René; do secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, João Azevedo;
da secretária de Comunicação Institucional, Estela Bezerra; do
presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, e representantes do consórcio
Acauã. Para o prefeito de Itatuba, Aron René, esta é a obra mais
importante para a região, pela melhoria da oferta de água e o potencial
produtivo das terras. “A população e os agricultores esperam
ansiosamente a chegada da água”, frisou.
O
secretário João Azevedo afirmou que o canal sairá de Acauã e passará
por vários municípios, chegando até o rio Camaratuba. São 112 km de
canal, com uma vazão de 10m³, em que a água circulará por gravidade, o
que representará mais economia com energia e equipamentos.
A obra foi iniciada no mês de outubro, quando o ministro da
Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o governador Ricardo Coutinho
autorizaram o início. A previsão é que os dois lotes sejam finalizados
em um prazo de quatro anos. “A prioridade, tanto do Governo Federal
quanto do Governo do Estado, é que a obra seja acelerada ao máximo para
que o prazo de entrega seja reduzido para três anos. Por isso, o
governador e os técnicos do governo estão realizando visitas rotineiras
para exigir das empresas responsáveis um ritmo intenso de obras”, disse
João Azevedo.
O canal faz parte do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), sendo uma ação complementar as obras do Eixo Leste,
do Projeto de Integração do Rio São Francisco. João Azevedo explicou que
o canal – que envolverá as bacias dos rios Paraíba, Gurinhém, Miriri,
São Salvador, Mamanguape, Araçagi e Camaratuba –, vai ampliar a chegada
de água do rio São Francisco para o litoral e o agreste da Paraíba.
Municípios beneficiados – O canal vai beneficiar
diretamente as cidades de Itatuba, Ingá, Mogeiro, Itabaiana, São José
dos Ramos, Sobrado, Riachão do Poço, Sapé, Marí, Cuité do Mamanguape,
Araçagi, Itapororoca e Curral de Cima. Indiretamente, vai beneficiar um
total de 35 municípios.
O vice-governador Rômulo Gouveia disse
estar feliz em ver o andamento de uma das maiores obras hídricas da
história da Paraíba, que em pouco tempo irá mudar a realidade da região.
“A barragem de Acauã foi muito importante, mas a sua sustentabilidade
virá agora com a integração das bacias de Acauã a Araçagi, ligando as
regiões do Vale do Paraíba ao Vale do Mamanguape”.
A secretária de
Comunicação, Estela Bezerra, destacou que essa é uma obra estruturante e
possibilitará uma melhor oferta de água para o consumo humano e para a
produção agrícola, o que é muito importante para uma região que também
está sendo atingida pela seca. “O canal beneficiará 35 municípios e as
águas passarão próximos a grandes e pequenos assentamentos de áreas
agrícolas, o que representará uma verdadeira redenção para a região”,
ressaltou.
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