A Paraíba é o segundo estado mais
urbanizado do Nordeste e que tem a maior população de mulheres do
Brasil, ao lado do Rio De Janeiro, com 52,5%, cada um. Além disso, o
estado também apresentou melhoras nas taxas de frequência escolar,
aumento na expectativa e na qualidade de vida. Porém, as disparidades
sociais ainda são elevadas.
De acordo com a Síntese dos Indicadores
Sociais 2013 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29), 73,8% dos 3,8 milhões de
paraibanos vivem com até um salário mínimo, ou seja, R$ 678. Outros
18,5% da população do estado têm renda mensal que varia de um a três
salários; apenas 4,4% dos paraibanos vivem com renda que vai de três a
cinco salários mínimos, o que equivale a R$ 2.034 e R$ 3.390,00,
respectivamente.
Além de informações da renda per capita
da população, o IBGE divulgou ainda os resultados sobre os aspectos
demográficos do Brasil.
No que diz respeito à taxa de
urbanização, 84,8% da população brasileira vive em cidades. O Nordeste
foi a que apresentou menor taxa de urbanização, de 73,4%, sendo que
Maranhão (58,9%) e Piauí (67,0%) foram os Estados com menor taxa de
urbanização, enquanto a Paraíba tinha uma taxa de 80,6%, a segunda maior
do Nordeste.
No outro extremo, Rio de Janeiro (97,3%)
e São Paulo (96,4%) concentraram quase a totalidade de suas populações
em áreas urbanas.
Quanto à expectativa de vida, a Paraíba
apresentou a mesma estimativa encontrada no Nordeste, ou seja, de 71,9
anos, sendo 68,1 anos para os homens e 75,8 anos para as mulheres, o que
dá uma diferença de 7,7 anos.
Rendimento real da população ocupada de 16 anos ou mais sobe para R$ 1.469
A renda média geral das pessoas ocupadas
na Paraíba foi de R$ 967, onde o rendimento médio masculino ficou em R$
1.061 e o feminino em R$ 829, equivalente a 78,1% do total de ganhos
dos homens.
No Nordeste, o rendimento médio das
pessoas ocupadas em 2012 foi de R4 1.006, sendo R$ 1.094 para os homens,
e o das mulheres em R$ 870, ficando este último equivalente a 79,5% do
valor médio do primeiro.
De 2002 para 2012, o crescimento do
rendimento real da população ocupada de 16 anos ou mais foi de 27,1% (de
R$ 1.151 para R$ 1.469); para a população em trabalhos formais esse
crescimento foi de 13,6% (de R$ 1.559 para R$ 1.778), enquanto entre os
informais, o aumento foi de 31,2% (de R$ 751 para R$ 989). Para as
mulheres em trabalhos informais, esse ganho real chegou a 38,5%.
Em 2002, o rendimento médio das mulheres
ocupadas de 16 anos ou mais de idade era equivalente a 70% dos ganhos
dos homens. Em 2012, essa relação passou para 73%. A desigualdade é mais
elevada nos trabalhos informais, cujo rendimento das mulheres
corresponde a 66% do rendimento dos homens.
Esgotamento sanitário é o serviço com menor acesso nos domicílios urbanos
Na Paraíba, para cada domicílio com
serviço, havia 0,58 sem serviço, abaixo da proporção encontrada para o
Nordeste e acima da proporção verificada no Brasil. No Nordeste, essa
proporção foi de 0,96, sendo que no Piauí essa razão chegou a 20,5 (a
maior do país).
Em 2012, 29,7% dos domicílios urbanos do
Brasil não tinham acesso simultâneo aos serviços básicos de saneamento e
iluminação (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de
lixo e iluminação elétrica). Deles, 93,5% acusaram ausência de
esgotamento sanitário. Para cada 100 domicílios com acesso simultâneo
aos quatro serviços investigados, havia 42 outros sem acesso à pelo
menos um deles.
Na região Norte, essa razão era de 4,02
(para cada domicílio com serviço, havia 4,02 sem serviço), sendo as
maiores proporções encontradas em Rondônia, onde essa razão era 10,4
(para cada domicílio com serviço, havia 10,4 sem serviço), e no Amapá,
onde este valor foi de 18,8.
Taxas de escolarização
A taxa de escolarização das crianças
entre 4 e 5 anos de idade, subiu de 56,7%, em 2002, para 78,2%, em 2012,
no Brasil. Na faixa de 0 a 3 anos de idade, a frequência à creche
aumentou de 11,7%, em 2002, para 21,2%, em 2012.
Analisando os dados de 2012 numa
perspectiva regional, observamos que o Nordeste tem a maior taxa de
escolarização das crianças entre 4 e 5 anos de idade entre as Regiões
(84,0%), sendo a menor a verificada no Centro-Oeste (70,6%). No
Nordeste, a maior taxa ficou com o Piauí (91,2%), enquanto as menores
taxas ficaram por conta de Alagoas (74,9%) e Paraíba (82,5%).
Em relação a frequência à creche, as
maiores proporções foram encontradas nas Regiões Sul (30,3%) e Sudeste
(25,6%), ficando o Nordeste (17,2%) e o Centro-Oeste (19,0%) com as
menores taxas. Dentro da Região Nordeste, as maiores taxas de frequência
à creche ficaram com o Ceará (22,8%), Rio Grande do Norte (20,9%) e
Paraíba (19,4%), e as menores com Sergipe (13,0%) e Alagoas (14,0%).
Proporção de crianças e jovens nos níveis educacionais se elevam nas regiões
A taxa de frequência escolar de crianças de 6 a 14 anos no ensino fundamental passou de 91,1%, em 2009, para 92,5%, em 2012.
A Paraíba, por sua vez, teve a taxa de
frequência escolar alterada de 88,7%, para 92,5%, respectivamente, esta
última igual à verificada no país como um todo, no mesmo ano.
A região Nordeste ficou em quarta colocação, com 89,4%, em 2009, tendo passado para 91,9%, em 2012.
Dentre as regiões, a que tinha a maior
taxa era o Sul, cuja taxa passou de 92,7%, em 2009, para 92,6%, em 2012.
Em seguida, vinha o Sudeste, que passou de 92,4%, para 93,3%,
respectivamente.
A taxa de frequência escolar de
adolescentes de 15 a 17 anos no nível educacional adequado à idade, no
Brasil, subiu de 50,9%, em 2009, para 54,0%, em 2012.
A Paraíba, por sua vez, ficava com média inferior à média regional, tendo passado de 37,7%, em 2009, para 43,6%, em 2012.
Do ponto de vista regional, os melhores
resultados foram encontrados na Região Sudeste, cujas taxas subiram de
60,5%, em 2009, para 62,5%, em 2012.
O Nordeste, por sua vez, ficava em
terceira colocação, pois apesar de ter tido um bom crescimento no
período (passou de 39,2%, para 44,8%, respectivamente), ainda continuava
distante da média nacional.
Nordeste tem as maiores reduções de taxas de mortalidade entre crianças
No caso da Paraíba, observou-se que a
taxa verificada em 2002 (45,5 por mil) era superior à média regional,
tendo ficado inferior a esta em 2010 (18,2 por mil), resultando,
portanto, numa redução de 60% entre os dois anos considerados.
Com a meta dos Objetivos do Milênio de
atingir um patamar de 17,9 óbitos por mil nascidos vivos, observou-se no
Brasil uma tendência de redução da taxa de mortalidade na infância (até
cinco anos), que chegou perto da meta em 2010, com 18,6 óbitos por mil
nascidos vivos, bem abaixo de 1990, quando era de 53,7 por mil.
A redução foi ainda mais intensa na
região Nordeste (de 87,3 para 22,1 por mil nascidos vivos). Mas as
diferenças regionais persistem: em 2010, a taxa era de 13,4 no Sudeste,
15,5 no Sul, 25,0 no Norte.
A taxa de mortalidade infantil (menores
de um ano por mil nascidos vivos) também decresceu, passando de 47,1
mortes por mil nascidos vivos para 16,0 por mil. A maior queda também
foi no Nordeste, de 75,8 para 19,1 por mil.
Analisando os dados entre 2002 e 2010,
observamos que a taxa de mortalidade infantil brasileira caiu de 27,8
por mil, para 16,0 por mil, respectivamente, resultando numa redução de
42,4%.
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