Após
a derrota para a Holanda no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, na
coletiva de imprensa, Felipão entregou o cargo para a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), como, segundo o próprio, já havia ficado
acertado com a entidade. A CBF aceitou o pedido de Felipão e confirmou a
demissão de Luiz Felipe Scolari, Carlos Alberto Parreira e de toda a
comissão técnica que trabalhou na Copa do Mundo.
A CBF ainda
não oficializa a queda do treinador, o que irá acontecer nesta
segunda-feira. Assim, o Brasil parte em busca de um novo técnico para
assumir o projeto que terá como ponto alto a Copa do Mundo de 2018, na
Rússia, passando pela Copa América do Chile, em 2015, e das
Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial, que o país volta a disputar
após ser sede do evento.
Substituto de Mano Menezes
Felipão
substituiu Mano Menezes, aposta da CBF para começar o processo de
reformulação da seleção brasileira. A derrota para o México na decisão
da medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres 2012, porém, começou a
minar o treinador, que acabou sucumbindo em novembro de 2012. Chamado
por José Maria Marin, presidente da CBF, Luiz Felipe Scolari, campeão do
mundo com o Brasil em 2002, aceitou, e no primeiro ano como treinador
do país conquistou a Copa das Confederações, com campanha que colocou a
Seleção novamente como uma das favoritas ao título mundial em casa.
A
Copa do Mundo, porém, começou com um susto. Marcelo marcou contra na
estreia, diante da Croácia, mas a Seleção virou para 3 a 1. Em seguida, o
país empatou com o México em 0 a 0, com grande atuação do goleiro rival
Ochoa. Fechando a primeira fase, o Brasil venceu Camarões por 4 a 1 e
se classificou com o primeiro lugar do Grupo A. Nas oitavas de final, no
Mineirão, o Brasil sofreu para bater o Chile, nos pênaltis, depois de
levar pressão na prorrogação. Nas quartas de final, em atuação melhor, o
time venceu a Colômbia por 2 a 1, mas perdeu Neymar com uma lesão na
terceira vértebra lombar. Foi aí que Felipão recebeu seu mais duro
golpe. A Seleção, novamente no Mineirão, foi goleada por 7 a 1 pela
Alemanha, no que o técnico classificou como uma pane inexplicável. Em
seguida, na disputa pelo terceiro lugar, no sábado, foi novamente
derrotada, agora pela Holanda, por 3 a 0.
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