
Ben Henderson dominou o oponente Nate Diaz e manteve seu cinturão
Não foi desta vez que um dos irmãos Diaz conquistou um título do UFC.
Após Nick Diaz perder a chance de deter um cinturão, ainda que interino,
contra Carlos Condit, no UFC 143, seu irmão mais novo, Nate Diaz , também falhou na hora mais importante de sua carreira. Diante do campeão dos pesos-leves, Ben Henderson,
o pupilo do brasileiro Cesar Gracie não conseguiu impor seu estilo de
luta e foi derrotado por decisão unânime dos juízes (50-43, 50-45 e
50-45). A vitória representou a segunda defesa de cinturão de Henderson,
que já o havia mantido diante de Frankie Edgar, no UFC 150. Para Diaz, a
derrota foi a oitava de sua carreira.
A luta
O primeiro round começou com Henderson aplicando chutes baixos. Mas, na
terceira tentativa do campeão, Nate Diaz surpreendeu, encurtou a
distância e levou a luta para a grade. O desafiante tentava a partir daí
levar o duelo para o chão, mas o campeão conseguiu defender as quedas e
manter o duelo em pé. Na metade do round, Henderson tentou o single leg
e conseguiu uma bela derrubada. Muito veloz, o detentor do cinturão não
permitia que Diaz dominasse a luta e tomasse a iniciativa do combate.
No fim do round, os lutadores se encararam e tiveram que ser separados
por Herb Dean.
O segundo round trouxe Ben Henderson agressivo, buscando abalar a
confiança de Diaz com socos fortes, principalmente quando a luta foi
para o chão e ele ficou em posição dominante, por cima do desafiante.
Com menor envergadura, o campeão não dava espaço ao rival, evitando ser
castigado no boxe. Após uma sequência surpreendente de socos na perna
direita de Diaz, Henderson mudou a estratégia e acertou um forte cruzado
no rosto do desafiante, que perdeu o equilíbrio e foi castigado no
solo, e depois na grade. Com uma grande variação de golpes, o campeão
dificultava a luta para o desafiante e somava pontos, além de deixar o
rosto de Diaz bastante machucado.
No terceiro round, o panorama da luta se manteve, com Henderson
dominando as ações, tomando a iniciativa da luta e confundindo Nate Diaz
com sua velocidade e variação de golpes. O desafiante teve uma boa
oportunidade ao ter à sua disposição a perna do campeão, e tentar uma
chave de calcanhar, mas Henderson conseguiu defender. Buscando
desestabilizar o campeão psicologicamente, o desafiante provocava e
fazia gestos, mas Henderson se mantinha concentrado e, a um minuto do
fim do round, acertou um belo direto de direita que derrubou Diaz. A dez
segundos do fim, um pisão acertou o rosto do desafiante e levantou o
público, que gostava da luta.
No quarto round, em desvantagem, Diaz já mostrava cansaço, e Henderson
aproveitou-se disso para derrubar o desafiante e levar a luta para o
chão. Diaz recuperou-se, mas o campeão aplicou uma nova queda e dominou
as costas, castigando o desafiante. Mais forte fisicamente, o dono do
cinturão dominava o combate e dava poucas chances ao seu adversário. Com
o rosto muito castigado, e já respirando pela boca, Nate Diaz tentou,
sem sucesso, uma chave de braço a 1m30s do fim do round. Faltando 40s
para acabar o quarto período, Diaz começou a chamar Henderson para a
luta de chão, mas o campeão manteve sua concentração e seu plano de
luta. Após soar o gongo, o campeão provocou o desafiante, pulando e
mostrando não estar cansado.
O quinto e último round mostrou Henderson inteiro fisicamente, buscando a
iniciativa do combate e também ditar o ritmo, enquanto Diaz buscava
provocar o campeão, fazendo gestos antes de ser encurralado na grade e
ser levantado e jogado no chão. Sobrando fisicamente, Henderson
castigava com socos o desafiante, atingindo a marca de 122 golpes
conectados, contra apenas 17 de Diaz. A 1m30s do fim, o campeão mais uma
vez iniciou uma sequência de golpes tanto no chão quanto em pé,
alternando socos e chutes que atordoavam Nate Diaz. Nos últimos
segundos, Henderson baixou a guarda e encarou Diaz, que nada pôde fazer a
não ser cumprimentar o ainda campeão dos leves do UFC.
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